Paleo te tira da zona de conforto? Vamos jogar Mario Bros.

 

Hello Friends!

Sempre que vamos ter alguma mudança em nossas vidas, ficamos com medo. E não importa o quão nossa mente racional tente nos dizer que é o melhor a fazer. Desde a criancinha no primeiro dia de aula até o adulto na véspera de seu casamento. Dá medo! Muito medo! Eu por exemplo ainda morro de medo de um desses dois exemplos mas não vou falar qual é.

Tudo isso dá frio na barriga ainda mais se for algo difícil de voltar atrás. Mudar de cidade, novo emprego, sair da casa dos pais, nova dieta… Opa! Chegamos ao ponto. Mas calma!

Esse medo de mudança tem diferentes graus entre as pessoas, mas faz parte do ser humano. Essa precaução garantiu a sobrevivência de nossa espécie. Se mantivermos tudo como está, independente de felizes ou não, pelo menos estamos vivos. Nos arriscar a fazer algo novo, mesmo que com 99,9% de chance de dar certo e nos levar a um novo patamar na vida, mais feliz, próspero e saudável, ficamos com medo do 0,01%.

Você assistiu OS CROODS?

croods

 

Os Croods é um desenho animado que conta a história de uma família Paleolítica cujo pai protetor morria de medo de sair da caverna e explorar novas possibilidades e sua filha era uma adolescente aventureira. Da mesma forma temos os dois personagens dentro de nós. Não queremos mudar de fase na nossa vida mesmo sabendo que o saldo da mudança é positivo. Como diz a famosa frase “Cada escolha é uma renúncia”. Então temos que nos concentrar nos ganhos e desprezar as perdas se o saldo dessa mudança for bem positivo. E no começo essa necessidade é diária.

Mas qual o medo de mudar na Paleo? Você deixa de comer produtos industrializados, grãos, comer gordura saturada antes proibida e adotar um estilo lowcarb de alimentação. Já leu muito sobre o assunto e sabe que realmente a ciência está ao seu lado pra te apoiar. Qual o medo então? Muitos. E o medo não é racional. E seu não conseguir? E se não me adaptar? E se eu falhar como sempre falhei? E seu ficar magra??? Como será essa vida? Sempre fui gorda e apesar de não ser completamente feliz eu sei viver assim…

A Zona de conforto e o Mario

Aí chega já um conceito muito conhecido que é a Zona de Conforto. É estar confiante com tudo que nos cerca e viver a vida meio que num piloto automático. A zona de conforto é uma coisa boa, mas a forma como é apresentada não é a ideal. Falamos em sair de nossa zona de conforto para conseguir coisas novas e crescer. Estudar uma língua, virar Paleo, começar a academia, mas sair da zona do de conforto não significa ficar desconfortável? Ao pé da letra é exatamente isso, então o correto é mudar a forma de vermos essa frase e entender que não temos que sair da zona de conforto e sim fazer várias coisas que são importantes e nos levem a próxima fase da vida com o conceito, não de sair da zona de conforto, mas de EXPANDIR A ZONA DE CONFORTO. E essa mudança faz toda diferença. Se você já entende racionalmente que está na zona de conforto falando português mas precisa falar inglês por diversos motivos, então entenda que está na hora de expandir essa zona de conforto para abraçar o inglês também. Você está dizendo ao seu cérebro que as dificuldades da transição são para ficar mais confortável e não sair do conforto. E então , tudo fica mais fácil . E nessa transição que dou a mão para minhas clientes.

Falando nisso tive a primeira sessão de coaching com uma cliente nesta segunda de 22 anos que está na faculdade e ela falou sobre como é difícil mudar. Eu perguntei o que ela fazia muito para se distrair antes da faculdade e ela disse que jogava videogame. Jogava Mario Bros (rimos que ela seria ou o Mario ou o Luigi). Perguntei o pq ela não joga tanto e ela disse que nem tem mais tempo por causa do trabalho e faculdade. Mas e se tivesse, jogaria a mesma quantidade? Hummm não.. Então chegamos aqui a uma conclusão…

Mudamos de fases na vida em muitas coisas. Mesmo sem querer

Nós crescemos, amadurecemos, expandimos nossos horizontes mesmo sem perceber. Expandimos nossa zona de conforto com muitas coisas tendo a fase de adaptação e transição muito suave e natural. Assim como num videogame que ficamos muito tempo e com dificuldade nas fases iniciais, depois de um tempo jogando, ficando mais forte, conhecendo as armadilhas e segredos dessas fases, elas se tornam tão fáceis e óbvias que mudamos de fase naturalmente. A fase anterior já não faz mais sentido. Queremos ir pra frente porque estamos melhores e mais adaptados. Não faz mais sentido jogar tanto videogame, brincar de amarelinha na rua, ir pra balada beijar desconhecidos e voltar bêbada etc. E não estou criticando essas coisas (até porque jogo videogame TODOS os dias) é que algumas coisas vão e devem ficar carinhosamente no passado.

Mas algumas coisas são sutis e no caso da Paleo é uma mudança de fase que não tem a ver com idade, lugar, ou sexo. É uma mudança de fase menos óbvia que as pessoas ao nosso redor não estão passando por isso. É individual. Mas conforme eu estava conversando ontem com uma coachee que é Médica, depois de tanto estudar tecnicamente os benefícios da Paleo, a saúde, a autoestima, a longevidade e tudo  mais, temos que dar uma racionalizada quando tivermos algum pensamento que nos prende a uma fase anterior, que é do modo de vida tradicional cheio de doces, grãos e comidas que nos deixava compulsivos e longe de nossos objetivos. Porque assim como a amarelinha, aquela fase que estava antes já não faz sentido. E muito rapidamente você se sente até meio ridículo em pensar em voltar pra lá.

E a Paleo, como sendo o vidogame do Mario, você vai ficando cada vez mais habilidosa, mais forte, com mais confiança, as novas dificuldades você enfrenta como um desafio e não uma ameaça. E aí, lá na frente no fim do jogo quando o Mario vai resgatar a princesinha, depois de passar por tudo isso, olha todas as fases, todos os dragões que venceu (reais ou imaginários), como você se superou e cresceu, você descobre que você nunca foi só o Mario ou o Luigi, você sempre foi essa princesinha.

Teco

 

Categorias: Coaching e Comportamento,Paleo

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10s Comentários

  1. Situações novas sempre são meio desajeitadas, hum? 🙂 Adaptar é tudo!
    =D

  2. Fiquei emocionada com a analogia Teco! Que carinho!! (aplauso de pé na primeira fila)

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